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Por Alexia Diniz
Já parcelou amor em 5x sem juros? Pois é, quem escreve aqui já. Comprei um tênis de marca, presente lindo, parcelado em cinco vezes no cartão pra impressionar. Mas adivinha? O namoro acabou um mês depois. E eu segui mais quatro meses pagando a fatura do cartão, com gosto de boleto e coração partido.
Dia dos namorados é fofo, mas também pode ser uma armadilha para o bolso. Principalmente se você deixa a emoção falar mais alto que a planilha. Então continua a leitura pra saber como economizar ou pelo menos não se arrepender quando a fatura chegar.
Presente perfeito para o dia dos namorados
Quando a data se aproxima, é comum ver pessoas correndo atrás do presente perfeito, do jantar especial e de uma surpresa inesquecível. Mas o que muita gente esquece é que o amor não paga a fatura. E que o presente que você dá hoje pode virar dívida que acompanha você por meses.
Faça as contas antes do impulso
Imagine um presente de R$300 parcelado em 5 vezes. Parece leve, né? R$60 por mês. Mas agora pense: se o namoro acabar, se surgir um imprevisto, se o cartão já estiver apertado... Esse mimo vira um peso.
São cinco meses de parcelas por algo que talvez nem tenha mais sentido emocional. E esse é só um exemplo. Tem gente que parcela jantar, flores, hotel, roupa nova pra sair, tudo junto, tudo no impulso.
Como escolher o presente do dia dos namorados?
É aí que entra a importância de alinhar as expectativas. Você já conversou com o seu par sobre o que esperam da data? Já deixaram claro o que estão dispostos a gastar? Às vezes, um quer jantar num restaurante estrelado, enquanto o outro está contando as moedas para o delivery. E não tem nada mais frustrante do que se sentir obrigado a gastar o que não tem só para não decepcionar.
Criatividade vale mais que o limite do cartão
Em vez de sair procurando o presente mais caro da vitrine ou disputando mesa no restaurante da moda, que tal colocar a cabeça (e o coração) pra funcionar? Um jantar preparado em casa, com direito a playlist do casal e guardanapo de papel dobrado com capricho, pode ser muito mais marcante que aquele rodízio gourmet que custa meio salário mínimo e duas noites mal dormidas depois da fatura.
Amor de verdade não se mede em parcelas. Se for pra parcelar, que seja um plano de vida a dois, não o presente da loja de departamento.
Dinheiro também é assunto de casal
Conversa aberta é maturidade financeira e emocional. E mais: relacionamento onde não se fala de dinheiro está fadado a tropeçar nos mesmos problemas sempre. Afinal, não existe relação estável sem transparência sobre como se lida com grana. Falar sobre o que entra, o que sai e o que se espera gastar é parte da rotina afetiva.
Dinheiro não é tabu, é pauta obrigatória. Relacionamento sem conversa sobre finanças é como construir uma casa sem alicerce. Você até consegue decorar, mas basta um ventinho, ou uma dívida, e tudo desmorona.
Como dividir gastos com o mozão
Aqui entre nós: dividir conta não é só sobre matemática, é sobre parceria. Ninguém quer parecer pão-duro, mas também ninguém quer ser o patrocinador do relacionamento.
A ideia de dividir tudo em 50/50 parece justa no papel, mas e quando um ganha o dobro do outro? É aí que entra o bom senso. Contribuir de forma proporcional à renda de cada um evita ressentimento e ajuda a manter o clima leve.
Vale até montar uma planilha conjunta ou usar um app de organização financeira. Combinem o que será dividido (como o presente ou o jantar) e o que será individual. E lembre-se: se vocês dividem até a coberta, porque não dividir a conta do restaurante?
Se no namoro é difícil falar de dinheiro, imagina no casamento?
Se o namoro está indo bem e vocês já estão falando em juntar as escovas de dentes, é melhor incluir a planilha nesse plano também. Tem muito casal que vai morar junto sem nem trocar ideia sobre salário, estilo de vida, dívidas escondidas e desejos financeiros. E aí já viu, né? O amor pode até ser cego, mas os boletos têm visão raio-X!
Antes de ir morar junto ou casar, sentem pra conversar sobre quanto cada um ganha, gasta e sonha. Que tal fazer um “contrato afetivo-financeiro”? Definam juntos o que entra no orçamento compartilhado, quem paga o quê, e o que fica por conta de cada um.
Montar uma reserva de emergência conjunta, decidir prioridades e criar metas realistas para os dois é uma das formas mais sólidas de garantir que o amor dure, mesmo quando os boletos chegam.
Individualidade financeira também importa: cada um no seu boleto!
Na minha opinião, é essencial manter uma certa individualidade financeira, porque senão tudo vira motivo pra DR: “Ah, você comprou tênis novo de novo?”, “Mais maquiagem?!”, ou “Pra quê gastar tanto em jogo?” Definir claramente as despesas individuais evita estresse, mantém a paz e deixa vocês gastarem com as bobeiras preferidas sem crise de consciência ou auditoria financeira do mozão.
Criar uma reserva de emergência juntos, decidir prioridades e metas realistas é um jeitinho garantido de fazer o amor sobreviver até na hora que os boletos resolverem testar a relação!
Conclusão: presentômetro x boleto
Pra fechar com bom humor (e uma pontinha de crítica), aqui vai uma provocação: será que o tempo de namoro precisa mesmo ditar o preço do presente? Confira essa tabela 100% irônica (ou não): Tabela com sugestões de presentes românticos, organizada por tempo de namoro, valor médio e tipo de presente para o dia dos namorados.
A verdade é que amor não se mede em meses, e nem em reais. Mas que a pressão existe, existe. Então, respira, avalia o contexto e decide com o coração... e a calculadora.
No fim das contas, o melhor presente é aquele que cabe no bolso e mostra que você se importa com o outro, e com a própria saúde financeira. Porque o romantismo é lindo, mas pagar juros por ele... aí já é drama demais.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.