Dia dos namorados

"June e John", novo filme de Luc Besson, estreia nos cinemas de BH

Comédia romântica estrelada por Matilda Price e Luke Stanton Eddy conta a história de um casal unido pelo acaso

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Escolher o Dia dos Namorados para lançar “June e John” é uma opção quase óbvia. O novo filme do diretor francês Luc Besson é uma comédia romântica rodada em Los Angeles que vai além do lugar-comum de um casal que se odeia, depois se ama e é feliz para sempre. Ainda que fuja do padrão, a trama traz ecos de outras produções.

Na miscelânea de referências estão filmes da fase inicial do próprio Besson, como “Subway” (1984) e “Nikita” (1990), até aos hoje clássicos “Bonnie & Clyde” (de Arthur Penn, 1967) e “Thelma e Louise” (de Ridley Scott, 1991). Mesmo que a sensação de déjà vu domine algumas sequências, o filme é bem amarrado.

Mais importante: o casal de protagonistas nos faz torcer por eles. A história tem início com John (Luke Stanton Eddy). Começando a vida adulta, sofre de ansiedade como muitos de sua geração, o que o leva a tomar, diariamente, uma boa dose de comprimidos.

Do pequeno apartamento sai apenas para o cubículo que ocupa no setor de contabilidade interna de um banco. Os telefonemas da mãe não ajudam em nada – ela quer saber dos encontros. Ele mente, diz que está tudo bem, mas a agenda social é nula. Todo dia ele faz tudo igual – e sua vida aparentemente não tem sentido.

Um ataque de fúria depois de uma situação absurda com seu carro, o estacionamento do prédio e o porteiro que o ignora sistematicamente acabam colocando John numa enrascada. Um cara todo certinho, que nunca fez mal a ninguém, resolveu se virar contra tudo e contra todos – com razão, o espectador vai saber.

Mas John não está sozinho. Um sol aparece do nada para salvá-lo do marasmo. No metrô, ele vê uma garota linda de cabelos roxos. Os dois não se falam, estão em linhas opostas. Como num e de mágica (que é devidamente explicada), June (Matilda Price) aparece em seu local de trabalho. Ela é tudo que ele sempre quis. Não quer falar do ado, só do breve futuro que eles têm pela frente. June leva John com ela, e os dois vivem aventuras, ao sabor da troca de cabelos da personagem.

Pelo celular

Mais original do que a trama é a forma com que o filme foi realizado. Até o início deste ano, “June e John” vinha sendo chamado pela imprensa americana como o “projeto secreto” de Besson. Foi rodado em Los Angeles durante o lockdown, de forma independente e com baixo orçamento.

Besson, que no período inicial da pandemia ainda vivia em Los Angeles (após a crise sanitária, o cineasta voltou a morar na França), rodou tudo com celulares.

Ao “Deadline”, ele contou que, pouco antes do início da crise sanitária, estava envolvido com um projeto para uma marca chinesa de smartphones. Chegou a escrever uma história sobre um personagem no metrô. A pandemia chegou, o projeto foi engavetado, mas ele já tinha sido fisgado pela possibilidade de rodar com celulares. “Engaiolado” pela COVID-19, começou a pensar em um filme no formato.

“Já fiz 21 filmes, grandes filmes, com grandes orçamentos e equipes. O desafio era pegar um celular, dois atores, uma equipe de 12 pessoas e começar de novo, como fiz no meu primeiro filme, 40 ou 50 anos atrás”, afirmou ele ao site.

Na maior parte do tempo Besson filmou com um só aparelho. Em cenas mais elaboradas, usou até quatro celulares.

Além da equipe mínima, Besson trabalhou com dois estreantes. O John de Luke Stanton Eddy (que interpretou o jovem Frank Costello, personagem de Robert De Niro no recente “The Alto Knights – Máfia e poder”) vai do humor autodepreciativo ao espanto diante da força da natureza, que é a June de Matilda Price. A novata embarca de cabeça na personagem meio amalucada, porém, doce.

“Foi bom ser criativo de forma única sem a pressão do dinheiro”, acrescentou o cineasta ao “Deadline”.

Besson coleciona tanto sucessos quanto fracassos. “O quinto elemento” (1997) rendeu US$ 263 milhões quase 30 anos atrás. Por outro lado, “Valerian e a cidade dos mil planetas” (2017) entrou para a história da ficção científica como um dos maiores orçamentos (US$ 200 milhões) e também um dos maiores fracassos (arrecadou US$ 225 milhões) do gênero.

Drácula em busca do amor

Depois de “June e John”, Luc Besson já tem outro filme para chegar aos cinemas. No Brasil, está previsto para 7 de agosto o lançamento de “Drácula: Um conto de amor”. O cineasta também assina o roteiro da nova versão da história de Bram Stoker.

Caleb Landry Jones, astro de “Dogman” (2023), filme anterior de Besson, interpreta o personagem-título. Ele vive o Príncipe Vladimir, que após a morte brutal de sua mulher, renega Deus. Torna-se Drácula ao herdar a maldição da vida eterna. Em seu vagar pelos séculos, tenta encontrar o amor perdido. O elenco ainda conta com Christoph Waltz e Matilda De Angelis.

“JUNE E JOHN”

(França, 2025, 92min., de Luc Besson, com Matilda Price e Luke Stanton Eddy) – O filme estreia nos cines Centro Cultural Unimed-BH Minas 2, às 20h30 (sex, seg e ter); Del Rey 7, às 13h45, 20h40; Pátio 2, às 13h10 (qui a dom), 19h20 (exceto qua), 21h35 (qua); e Ponteio 4, às 21h05.

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