Internacional

Petro critica MP da Guatemala após ordens de prisão de funcionários colombianos

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou nesta terça-feira (3) o questionado Ministério Público da Guatemala, responsável por uma investigação que resultou em mandados de prisão contra seu ex-ministro da Defesa e a procuradora-geral colombiana por suposta corrupção.

Na segunda-feira, um tribunal guatemalteco ordenou a detenção do ex-ministro Iván Velásquez e da procuradora Luz Adriana Camargo, ambos ex-membros da comissão antimáfia da ONU na Guatemala, de segundo o Ministério Público desse país.

Os funcionários colombianos, de acordo com a acusação, cometeram atos de corrupção em favor da construtora brasileira Odebrecht.

Na rede social X, Petro comparou o Ministério Público guatemalteco com outros da região que, segundo ele, "obedecem ao crime e não aos cidadãos".

"As multinacionais do narcotráfico tentam assumir os poderes judiciários e os governos para realizar e lavar seus negócios ocultos na impunidade", escreveu.

Velásquez foi chefe da extinta Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig) de 2013 a 2019, enquanto Camargo foi chefe de investigação e litígio dessa entidade entre 2014 e 2017. Ambos gozam de imunidade por se tratar de uma entidade patrocinada pela ONU.

A ordem de prisão "não tem fundamento jurídico e representa um risco para a colaboração entre países e organismos internacionais na luta contra a impunidade, a corrupção e o crime organizado", disse Camargo em uma coletiva de imprensa.

O procurador guatemalteco Rafael Curruchiche, sancionado pelos Estados Unidos e pela União Europeia por corrupção, afirmou na segunda-feira que os dois colombianos incorreram em "crimes de associação ilícita, obstrução da justiça, tráfico de influências e conluio".

Velásquez, prestes a assumir como embaixador no Vaticano, rejeitou a acusação na segunda-feira e expressou sua "solidariedade" com "tantos cidadãos guatemaltecos obrigados ao exílio pelo Ministério Público".

Essas acusações se somam a outros processos judiciais contra ex-funcionários da Cicig e contra promotores guatemaltecos que tentaram investigar ações da procuradora-geral da Guatemala, Consuelo Porras.

Porras, também sancionada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, colocou em risco a transição presidencial de 2024 com a abertura de investigações contra o presidente Bernardo Arévalo e o resultado das eleições que ele venceu em 2023, o que Arévalo denunciou como uma tentativa de "golpe de Estado".

A chancelaria da Colômbia já havia expressado na segunda-feira que os mandados de prisão contra os funcionários colombianos representam "um grave desvio dos padrões de direito internacional".

das/als/mel/ic/aa

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